As histórias que os outros contam sobre nós e as histórias que contamos sobre nós próprios: quais são as que mais se aproximam da verdade? Será assim tão evidente que são as próprias? Será que cada um é uma autoridade para si próprio? Haverá, nessas histórias, uma diferença entre o verdadeiro e o falso? Em relação a outras histórias sobre aspectos exteriores ela existe, de facto. mas o que sucede quando nos dispomos a compreender alguém na sua interioridade? Será que essa viagem algum dia terá fim? Será que a alma é um espaço habitado por factos? Ou será que os supostos factos não passam das enganadoras sombras das nossas histórias?
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Gavetas
Sinto a fronteira entre os pés no chão e o abismo de dia para dia cada vez mais estreita.
Não é fácil ficar deste lado, guardando diariamente em gavetas o que me empurra para o outro lado.
Às vezes abro apenas uma brecha, uma ligeira brecha de uma qualquer gaveta.
Mas o pavor de que expluda um dilúvio incontrolável impele-me sofregamente a fechá-la com brusquidão.
Ainda assim, uma lágrima morna e salgada escorrega lentamente pela pele.
Falta espaço para tanta gaveta.
Falta tempo para arrumar o que está lá dentro.
Falta Luz para ver com clareza, tudo o que guardam desordenadamente.
Falta coragem para as abrir a todas e deixar sair a tempestade que aprisionam.
Não é fácil ficar deste lado, guardando diariamente em gavetas o que me empurra para o outro lado.
Às vezes abro apenas uma brecha, uma ligeira brecha de uma qualquer gaveta.
Mas o pavor de que expluda um dilúvio incontrolável impele-me sofregamente a fechá-la com brusquidão.
Ainda assim, uma lágrima morna e salgada escorrega lentamente pela pele.
Falta espaço para tanta gaveta.
Falta tempo para arrumar o que está lá dentro.
Falta Luz para ver com clareza, tudo o que guardam desordenadamente.
Falta coragem para as abrir a todas e deixar sair a tempestade que aprisionam.
sábado, 2 de maio de 2009
"Lição de voo"
Gostei destas palavras.
http://vids.myspace.com/index.cfm?fuseaction=vids.individual&videoid=56662243
http://vids.myspace.com/index.cfm?fuseaction=vids.individual&videoid=56662243
terça-feira, 3 de março de 2009
Preciso de palavras...
Durante muito tempo as palavras fluíam como por magia.
A qualquer hora do dia era só pegar no lápis e no papel.
Às vezes, não tinha com que escrever e tinha que improvisar, porque as palavras entupiam-me a garganta e tinha que as soltar, pois parecia que se o não fizesse ia sufocar.
Quantas vezes, noite dentro, soltei palavras e mais palavras que depois guardava para mais tarde voltar a senti-las.
Todas as palavras tinham subjacente um sentimento ou apenas uma sensação, um momento ou um instante, um lugar, uma cõr, um cheiro, uma intenção, um desejo, às vezes um capricho...uma vontade.
A qualquer hora do dia era só pegar no lápis e no papel.
Às vezes, não tinha com que escrever e tinha que improvisar, porque as palavras entupiam-me a garganta e tinha que as soltar, pois parecia que se o não fizesse ia sufocar.
Quantas vezes, noite dentro, soltei palavras e mais palavras que depois guardava para mais tarde voltar a senti-las.
Todas as palavras tinham subjacente um sentimento ou apenas uma sensação, um momento ou um instante, um lugar, uma cõr, um cheiro, uma intenção, um desejo, às vezes um capricho...uma vontade.
domingo, 10 de agosto de 2008
Luz na escuridão
Falaste-me daquilo a que chamavas a luz na escuridão..
Sobre a vida não ser nem boa nem má, mas sim uma combinação de ambas as coisas, e de surgirem ocasionalmente coisas boas no meio da tragédia, embora não façam, ainda assim, com que ela se vá.
Não podem proteger-nos.
São apenas luz.
Mas o que não me disseste foi que, por vezes certas pessoas podem ser uma luz na escuridão.
Há algumas pessoas neste mundo que queremos salvar quando outras pessoas decidem que elas brilham o tipo de luz errada sobre o tipo errado de coisas.
Foste e serás sempre a minha luz na escuridão.
Mas não sei onde estás.
domingo, 26 de agosto de 2007
...recordando palavras...
Foi através das palavras que nos encontrámos.
Foi ao sabor dessas palavras que fomos navegando.
Foi nessa onda de palavras que nos fomos deixando levar.
Sôfregamente.
Dia após dia, viamo-nos através das palavras.
Ansiávamos por essas palavras.
Acordávamos sedentos delas.
Passávamos o dia a bebê-las.
E à noite
Adormeciamos embalados pela recordação das palavras.
Sonhávamos com as palavras.
Palavras.
Um dia dei-te um livro.
Palavras.
Um livro de palavras simples, escritas para crianças.
Mas
As palavras simples não são só para crianças.
Ofereci-te palavras.
E
Juntamente com essas palavras escrevi-te quase todas estas palavras que hoje escrevo aqui.
Pode-se dizer muito com poucas palavras.
Pode-se dizer tudo com uma palavra.
Pode-se dizer tão pouco com muitas palavras.
Pode-se dizer coisas tão diferentes usando as mesmas palavras.
Uma vez
escreveste
Adorei. Quero mais.
E eu acreditei.
Foi ao sabor dessas palavras que fomos navegando.
Foi nessa onda de palavras que nos fomos deixando levar.
Sôfregamente.
Dia após dia, viamo-nos através das palavras.
Ansiávamos por essas palavras.
Acordávamos sedentos delas.
Passávamos o dia a bebê-las.
E à noite
Adormeciamos embalados pela recordação das palavras.
Sonhávamos com as palavras.
Palavras.
Um dia dei-te um livro.
Palavras.
Um livro de palavras simples, escritas para crianças.
Mas
As palavras simples não são só para crianças.
Ofereci-te palavras.
E
Juntamente com essas palavras escrevi-te quase todas estas palavras que hoje escrevo aqui.
Pode-se dizer muito com poucas palavras.
Pode-se dizer tudo com uma palavra.
Pode-se dizer tão pouco com muitas palavras.
Pode-se dizer coisas tão diferentes usando as mesmas palavras.
Uma vez
escreveste
Adorei. Quero mais.
E eu acreditei.
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